Da Constituição dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, do Concílio Vaticano II:
Terminada
 na terra a obra que o Pai confiou ao Filho, O Espírito Santo foi 
enviado no dia de Pentecostes a fim do santificar continuamente a Igreja
 e, por Cristo, no único Espírito, terem os fiéis acesso junto ao Pai. 
Ele é o Espírito da vida, a fonte de água que jorra para a vida eterna. 
Por Ele, o Pai dá vida aos homens mortos pelo pecado, até ressuscitar em
 Cristo seus corpos mortais.
O
 Espírito habita na Igreja e nos corações dos fiéis como em um templo. 
Neles ora e dá testemunho da adoção de filhos. Conduz a Igreja ao 
conhecimento da verdade total, unifica-a na comunhão e nos ministérios, 
ilumina-a com diversos dons carismáticos e hierárquicos e enriquece-a 
com seus frutos.
Pela
 força do evangelho, rejuvenesce a Igreja, renovando-a constantemente e a
 conduz à perfeita união com seu Esposo. Pois o Espírito e a Esposa 
dizem ao Senhor Jesus: "Vem!"
Assim se apresenta a Igreja inteira como um povo reunido pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
O
 conjunto dos fiéis, consagrado pela unção do Espírito Santo, não pode 
enganar-se na fé. Esta peculiaridade se exprime através do sentido 
sobrenatural da fé, quando na sua totalidade, a hierarquia e os fiéis 
leigos, manifestam um consenso universal em matéria de fé e costumes.
Com
 este senso de fé, formado e sustentado pelo Espírito da verdade, o povo
 de Deus, guiado pelo sagrado magistério a que obedece com fidelidade, 
acolhe não mais como palavras dos homens, mas, na realidade, a palavra 
de Deus, e adere sem esmorecimento à fé que, uma vez para sempre, foi 
transmitida aos santos (cf. Jd 3). Nela penetra sempre mais 
profundamente, com reto julgamento, e cada vez mais plenamente a põe em 
prática em sua vida.
Além
 disso, por meio dos sacramentos e ministérios, o Espírito Santo não 
apenas santifica e conduz o povo de Deus e o adorna com virtudes, mas 
ainda distribui a cada um seus dons conforme quer (1Cor 12,11), e 
concede também graças especiais aos fiéis de todas as condições. 
Torna-os assim aptos e disponíveis para assumir deveras obras ou 
funções, em vista de uma séria renovação e mais ampla edificação da 
Igreja, conforme foi dito: A cada um é dada a manifestação do Espírito 
em vista do bem comum (ICor 12,5).
Estes
 carismas devem ser recebidos com ação de graças e consolação. Pois 
todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, são 
perfeitamente apropriados e úteis às necessidades da Igreja.
