1º Dia - 16 de dezembro - Cântico: Puer Natus
Deus nos deu seu Filho Unigênito por Salvador
Eu te constitui em luz para os gentios, para que minha salvação chegue até os confins da terra. (Is.
49, 6)
Consideremos como o Pai eterno disse ao Menino Jesus no instante de sua concepção
estas palavras: Filho, eu te dei ao mundo como luz e vida das gentes, para que busques sua
salvação, que estimo tanto como se fosse a minha. É necessário, pois, que te empenhes
completamente em benefício dos homens. "Dado completamente aos homens, e inteiramente
entregue as suas necessidades". É necessário que ao nascer padeças extrema pobreza, para que o
homem se enriqueça; é necessário que sejas vendido como escravo, para que o homem seja livre; é
necessário que, como escravo, sejas açoitado e crucificado, para pagar à minha justiça a pena
devida pelos homens; é necessário que sacrifiques sangue e vida, para livrar o homem da morte
eterna. Fica sabendo, enfim, que já não és teu, mas do homem. Pois um filho lhes nasceu, e um
menino lhes foi dado. Assim amado Filho meu, o homem voltará a amar-me a ser meu, vendo que te
dou inteiramente a ele, meu Filho Unigênito, e que já não me resta mais o que lhe possa dar.
Assim amou Deus - oh, amor infinito, digno somente de um Deus infinito - assim amou
Deus o mundo de tal forma, que lhe entregou seu Filho Unigênito. O Menino Jesus não se
entristeceu com esta proposta, mas, ao contrário, comprazeu-se nela e a aceitou com amor e alegria:
"como um esposo procedente de seu tálamo, exultou como gigante a percorrer seu caminho" (Ps.
18,6). E desde o primeiro momento de sua encarnação se entregou por completo ao homem e
abraçou com gosto todas as dores e ignomínias que havia de sofrer na terra por amor dos homens.
Esses foram, segundo São Bernardo, as colinas e vales que com tanta pressa devia atravessar
Jesus Cristo, segundo o Cântico dos Cânticos, para salvar os homens. Ei-Lo que vem saltando pelas
montanhas, brincando pelas colinas.
Reflitamos aqui como o Pai, enviando-nos seu Filho para ser nosso Redentor e para
selar a paz entre Ele e os homens, obrigou-se de certo modo a perdoar-nos e a amar-nos, em razão
do pacto que fez de receber-nos em sua graça, posto que o Filho satisfaz por nós a justiça divina.
Por sua vez, o Verbo divino, tendo aceitado a missão que lhe foi dada pelo Pai, o qual, enviando-o
para redimir-nos no-lo deu, obrigou-se também a amar-nos, não por nossos méritos, mas para
cumprir a piedosa vontade de seu Pai.
Eu te constitui em luz para os gentios, para que minha salvação chegue até os confins da terra. (Is.
49, 6)
Consideremos como o Pai eterno disse ao Menino Jesus no instante de sua concepção
estas palavras: Filho, eu te dei ao mundo como luz e vida das gentes, para que busques sua
salvação, que estimo tanto como se fosse a minha. É necessário, pois, que te empenhes
completamente em benefício dos homens. "Dado completamente aos homens, e inteiramente
entregue as suas necessidades". É necessário que ao nascer padeças extrema pobreza, para que o
homem se enriqueça; é necessário que sejas vendido como escravo, para que o homem seja livre; é
necessário que, como escravo, sejas açoitado e crucificado, para pagar à minha justiça a pena
devida pelos homens; é necessário que sacrifiques sangue e vida, para livrar o homem da morte
eterna. Fica sabendo, enfim, que já não és teu, mas do homem. Pois um filho lhes nasceu, e um
menino lhes foi dado. Assim amado Filho meu, o homem voltará a amar-me a ser meu, vendo que te
dou inteiramente a ele, meu Filho Unigênito, e que já não me resta mais o que lhe possa dar.
Assim amou Deus - oh, amor infinito, digno somente de um Deus infinito - assim amou
Deus o mundo de tal forma, que lhe entregou seu Filho Unigênito. O Menino Jesus não se
entristeceu com esta proposta, mas, ao contrário, comprazeu-se nela e a aceitou com amor e alegria:
"como um esposo procedente de seu tálamo, exultou como gigante a percorrer seu caminho" (Ps.
18,6). E desde o primeiro momento de sua encarnação se entregou por completo ao homem e
abraçou com gosto todas as dores e ignomínias que havia de sofrer na terra por amor dos homens.
Esses foram, segundo São Bernardo, as colinas e vales que com tanta pressa devia atravessar
Jesus Cristo, segundo o Cântico dos Cânticos, para salvar os homens. Ei-Lo que vem saltando pelas
montanhas, brincando pelas colinas.
Reflitamos aqui como o Pai, enviando-nos seu Filho para ser nosso Redentor e para
selar a paz entre Ele e os homens, obrigou-se de certo modo a perdoar-nos e a amar-nos, em razão
do pacto que fez de receber-nos em sua graça, posto que o Filho satisfaz por nós a justiça divina.
Por sua vez, o Verbo divino, tendo aceitado a missão que lhe foi dada pelo Pai, o qual, enviando-o
para redimir-nos no-lo deu, obrigou-se também a amar-nos, não por nossos méritos, mas para
cumprir a piedosa vontade de seu Pai.
Reza-se o Terço e a Ladainha de Nossa Senhora
Oração: Amado Jesus, se é verdade, como diz a lei, que o domínio se adquire com a doação, Vós
sois nosso, por vos ter vosso Pai entregue a nós. Por isso podemos com razão exclamar: Deus meu
e meu tudo. E já que sois nosso, nossas são vossas coisas, como nos afirma o Apóstolo: "Como não
nos dará, juntamente com seu Filho todas as coisas?" Nosso é vosso sangue, nossos vossos
méritos, nossa a vossa graça, nosso vosso paraíso. E, se sois nosso, quem jamais poderá separarnos
de Vós? Ninguém poderá tirar-me Deus, exclamava jubiloso Santo Antônio Abade. Assim
queremos exclamar daqui em diante. Apenas por nossas culpas podemos perder-vos e separar-nos
de Vós, mas, Jesus, se no passado vos deixamos e perdemos, agora nos arrependemos com toda a
alma e nos resolvemos a perder tudo, mesmo a vida, antes que vos perder, bem infinito e único amor
de nossas almas.
Damo-vos graças, Padre eterno, por nos terdes dado vosso Filho, e em troca de o
terdes dado por completo a nós, entregamo-nos inteiramente a Vós. Por amor desse mesmo Filho,
aceitai-nos e apertai-nos com laços de amor a nosso Redentor, de modo que possamos exclamar:
"Quem nos apartará do amor de Cristo?".
Salvador nosso, já que sois todo nosso, tomai-nos todos para Vós; disponde de nós e
de nossas coisas como vos agrade. Como poderemos negar alguma coisa ao Deus que não nos
negou nada, nem seu sangue nem sua vida ?
Maria, nossa Mãe, guardai-nos com vossa proteção. Não queremos pertencer-nos mais,
mas inteiramente a Nosso Senhor. Lembrai-vos de fazer-nos fiéis. Em vós confiamos.
sois nosso, por vos ter vosso Pai entregue a nós. Por isso podemos com razão exclamar: Deus meu
e meu tudo. E já que sois nosso, nossas são vossas coisas, como nos afirma o Apóstolo: "Como não
nos dará, juntamente com seu Filho todas as coisas?" Nosso é vosso sangue, nossos vossos
méritos, nossa a vossa graça, nosso vosso paraíso. E, se sois nosso, quem jamais poderá separarnos
de Vós? Ninguém poderá tirar-me Deus, exclamava jubiloso Santo Antônio Abade. Assim
queremos exclamar daqui em diante. Apenas por nossas culpas podemos perder-vos e separar-nos
de Vós, mas, Jesus, se no passado vos deixamos e perdemos, agora nos arrependemos com toda a
alma e nos resolvemos a perder tudo, mesmo a vida, antes que vos perder, bem infinito e único amor
de nossas almas.
Damo-vos graças, Padre eterno, por nos terdes dado vosso Filho, e em troca de o
terdes dado por completo a nós, entregamo-nos inteiramente a Vós. Por amor desse mesmo Filho,
aceitai-nos e apertai-nos com laços de amor a nosso Redentor, de modo que possamos exclamar:
"Quem nos apartará do amor de Cristo?".
Salvador nosso, já que sois todo nosso, tomai-nos todos para Vós; disponde de nós e
de nossas coisas como vos agrade. Como poderemos negar alguma coisa ao Deus que não nos
negou nada, nem seu sangue nem sua vida ?
Maria, nossa Mãe, guardai-nos com vossa proteção. Não queremos pertencer-nos mais,
mas inteiramente a Nosso Senhor. Lembrai-vos de fazer-nos fiéis. Em vós confiamos.
Cântico: Adeste
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