A ti, Senhor, elevo minha alma e meus olhos!
No início deste tempo santo de preparação para o Natal do teu Cristo,
Quando tua Igreja santa nos faz pensar no fim e na finalidade de tudo,
A ti, ó Eterno, elevo minha alma, meus olhos, meu afeto, minhas mãos!
Que é o homem, que somos nós, sem elevar os olhos a ti?
Que é este pobre filho de Adão, este tão limitado e quebradiço vaso de pó da terra, sem abrir-se a ti, Infinito, saudade do nosso coração?
A ti, meu Deus, elevo a minha alma – e respiro, e encontro paz, e compreendo que, apesar das mil contradições da existência e dos outros mil perigos do caminho da vida, tudo tem sentido e nossa corrida não é uma corrida em vão...
Confio em ti, Deus fidelíssimo, que prometes sem precisares prometer e, prometendo, não trais jamais;
Pelo contrário, fazes sempre mais que aquilo que prometes!
Confio em ti de todo o meu coração, confio em ti para todos os dias deste novo ano litúrgico que começa, confio em ti por toda a minha vida; a ti quero sempre elevar meus olhos e desejo fazer de minha existência um canto de amor a ti – ainda que, às vezes desafinado e desencontrado...
Assim, ó Senhor Santo e Eterno – Deus único e verdadeiro, saudade da minha alma, paixão do meu coração, sonho de minhas noites tristes, repouso de minhas buscas – assim, que eu não seja desiludido na minha esperança, decepcionado na minha confiança: confio em ti! Não se riam de mim meus inimigos, não se riam de mim a impiedade, a descrença, o materialismo, a mediocridade, o acomodamento no que é raso e sem ideal; não se ria de mim a minha escuridão interior que, às vezes, deseja sufocar a luz de teu Cristo, que fizeste um dia brilhar gozosamente no meu coração!
Ó Deus santo de Israel, ó Sorriso de Abraão, Fortaleza e Luta de Jacó,
Ó Amigo de Moisés, Sustento de Davi, terno Amor de Jeremias,
Ó Três Vezes Santo de Isaías, ó Pureza Esplendorosa de Ezequiel,
Amparo de Jó, Esperança de Qoélet,
Exultação da Virgem Santa,
Sonho do casto José, Zelo de João Batista, alegre Fidelidade de Simeão,
Ó Sustento da Humanidade, Saudade da criação toda,
Ó Paz e Tormento do pobre coração humano,
Eu elevo meus olhos a ti, eu confio em ti,
A ti me entrego e em ti espero:
Que eu não seja envergonhado,
Pois não será desiludido quem em ti espera!
Fonte:http://costa_hs.blog.uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário