Quarenta dias de combate


Dos Sermões de São Máximo de Turim (sec. V), bispo:


Depois deste tempo consagrado à observância do jejum, a alma chega, purificada e esgotada, ao batismo. Recobra então as forças mergulhando nas águas do Espírito; tudo o que tinha sido queimado pelas chamas das doenças renasce do orvalho da graça do céu. Abandonando a corrupção do homem velho, o neófito adquire uma nova juventude. Através de um novo nascimento, renasce outro homem, sendo embora o mesmo que tinha pecado.

Por meio de um jejum ininterrupto de quarenta dias e quarenta noites, Elias mereceu pôr fim, graças à água que veio do céu, a uma seca longa e penosa na terra inteira (1Rs 19,8; 18,41). Extinguiu a sede ardente do solo trazendo-lhe uma chuva abundante. Estes fatos produziram-se para nos servir de exemplo, para merecermos, após um jejum de quarenta dias, a chuva bendita do batismo, para que a água que vem do céu regue toda a terra, desde há muito tempo árida, dos nossos irmãos do mundo inteiro. O batismo, como uma rega de salvação, porá fim à longa esterilidade do mundo pagão. É, com efeito, de seca e de aridez espiritual que sofre todo aquele que não foi banhado pela graça do batismo.

Através de um jejum do mesmo número de dias e noites, o santo Moisés mereceu falar com Deus, ficar, permanecer com Ele, receber das Suas mãos os preceitos da Lei (Ex 24,18). Também nós, irmãos muito queridos, jejuamos com fervor durante todo este período, para que também para nós se abram os céus e se fechem os infernos.

Salve, cruz do Senhor!

Ofício da Exaltação da Santa Cruz da Liturgia Bizantina:

Salve, ó Cruz vivificadora, troféu invencível de piedade, porta do Paraíso, conforto dos crentes, muralha da Igreja.


Foi por ti que a corrupção foi aniquilada, o poder da morte anulado e abolido, e que nós fomos elevados da terra às coisas celestes.

Tu és a arma invencível, o adversário dos demônios, a glória dos mártires, o verdadeiro ornamento dos santos, a porta da salvação.

Salve, ó Cruz do Senhor, através da qual a humanidade foi liberta da maldição!

Tu és o sinal da verdadeira alegria; quando és elevada, esmagas os nossos inimigos. Nós te veneramos, tu és o nosso socorro, a força dos reis, a firmeza dos justos, a dignidade dos pecadores.

Salve, ó Cruz preciosa, guia dos cegos, remédio dos doentes, ressurreição de todos os mortos.

Tu nos levantaste quando estávamos caídos no lodo. Foi por ti que se pôs fim à corrupção e que a imortalidade floresceu; foi por ti que nós, os mortais, fomos divinizados e o demônio foi completamente esmagado.

Ó Cristo, nós veneramos a Tua cruz preciosa com os nossos lábios indignos, nós, que somos pecadores. Nós te cantamos, a Ti que quiseste deixar-Te pregar nela; e Te pedimos, como o bom ladrão: «Torna-nos dignos do Teu Reino!»

Livraria e Editora Vaticana publica edição do Missal Romano de 1962

A livraria e Editora Vaticana a partir deste mês passou a publicar e distribuir a edição do Missal Romano aprovado em 1962 pelo Beato João XXIII, o Missal pode ser adiquirido no site da editora: http://www.paxbook.com/

A liturgia da Quaresma

Este tempo sagrado é marcado por alguns sinais especiais nas celebrações da Igreja: A cor da liturgia é o roxo - sinal de sobriedade, penitência e conversão; não se canta o Glória nas missas (exceto nas solenidades, quando houve); não se canta o aleluia que, sinal de alegria e júbilo, somente será cantado outra vez na Páscoa da Ressurreição; os cantos da missa devem ter uma melodia simples; não é permitido que se toque nenhum instrumento musical, a não ser para sustentar o canto, em sinal de jejum dos nossos ouvidos, que devem ser mais atentos à Palavra de Deus; não é permitido usar flores nos altares, em sinal de despojamento e penitência (nos casamentos e outras festas as igrejas, devem ser enfeitadas com MUITA sobriedade!); a partir da quinta semana da Quaresma podem-se cobrir de roxo ou branco as imagens, em sinal de jejum dos sentido, sobretudo dos olhos.


O importante é que todas estas práticas nos levem a uma preparação séria e empenhada para o essencial: a Páscoa! As observâncias quaresmais não são atos folclóricos, mas instrumentos para nos fazer crescer no processo de conversão que nos leva ao conhecimento espiritual e ao amor de Cristo. Tenhamos em vista que o ponto alto do caminho quaresmal é a renovação das promessas batismais na Santa Vigília pascal e a celebração da Eucaristia de Páscoa nesta mesma Noite Santa, virada do sábado para o Domingo da Ressurreição.

Santa Missa de Quarta- Feira de Cinzas

No próximo dia 17( quarta-feira) a Santa Missa com a imposição das cinzas será celebrada

às 19:30 na capela Nossa Senhora de Fátima.

Salve Maria !!!